Zveiter nega ingerência na correção de prova cancelada por CNJ Do jornal Folha de S. Paulo 08/04/2010 - O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter, disse não ter participado da elaboração nem da correção das provas para tabeliães anuladas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suspeita de favorecimento. "É uma decisão inusitada, que certamente será examinada. Tenho que confiar no Poder Judiciário, ao qual pertenço. Não participei da elaboração nem da correção das provas", disse Zveiter. Ele atribuiu as discrepâncias de notas das provas à "subjetividade dos avaliadores que se dividiram na correção". A decisão foi tomada pelo CNJ na sessão plenária desta terça-feira, após a análise do procedimento de controle administrativo, solicitado por candidatos inscritos no concurso público, realizado em 2008. Para os conselheiros do CNJ, o cancelamento é necessário porque houve favorecimento de duas candidatas aprovadas que teriam ligações íntimas com o então presidente da comissão do concurso, o atual presidente do TJ, desembargador Luiz Zveiter. O plenário decidiu encaminhar a decisão à Corregedoria Nacional de Justiça para que esta conceda prazo ao Tribunal de Justiça do Rio para realização de um novo. Zveiter ressaltou ainda que as provas foram para a banca sem a identificação dos candidatos, só revelada após a correção. Também defendeu a lisura dos cinco integrantes que compunham a banca - um juiz federal, um representante do Ministério Público, um da OAB, um notário e um registrador. Segundo ele, o concurso contou com mais de 2.000 inscritos e teve 24 aprovados, todos já empossados. Zveiter anunciou que "adotará as medidas legais cabíveis visando o restabelecimento da verdade".