16/02/2018 - 12:30 | última atualização em 16/02/2018 - 12:40

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Zona Oeste do Rio terá sala para atender mulheres vítimas de violência

revista eletrônica Conjur

A extensão do projeto Sala Lilás - que acolhe, no Instituto Médico Legal, mulheres vítimas de estupro e violência - para a região da Zona Oeste do Rio de Janeiro (Campo Grande/Bangu) é a próxima meta da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. O grupo é formado por representantes de órgãos estaduais, como o Tribunal de Justiça fluminense, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Polícia Civil, além da OAB Mulher e de organizações não governamentais.
 
A expansão está prevista para o primeiro semestre de 2018. A região é considerada estratégica no combate à violência doméstica em função da demanda naquela parte da cidade. Bangu, por exemplo, registrou praticamente o dobro de medidas de proteção a mulheres vítimas de violência - passou de 634, em 2016, para 1.294 no ano passado.
 
Para a juíza Adriana Ramos de Mello, titular do V Juizado de Violência Doméstica, a Sala Lilás tem proporcionado maior visibilidade dos casos de violência para os profissionais de saúde, permitindo a articulação com as unidades de atenção primária em saúde e garantindo, assim, a continuidade do atendimento. O projeto de humanização do acolhimento às mulheres no IML, segundo a magistrada, qualifica o atendimento com a implantação dos protocolos de atenção à vítima de agressão.
 
Além da Sala Lilás, a Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência conta com as informações disponíveis no Observatório Judicial da Violência contra a Mulher e do serviço do Cejuvida - criado em 2010 - , que encaminha as mulheres vítimas de violência doméstica para abrigos em locais sigilosos durante a noite.
 
O Cejuvida funciona no Plantão Judiciário, no Fórum Central do Rio, das 18h às 11h do dia seguinte, recebendo vítimas de violência encaminhadas pelas 11 delegacias de Atendimento à Mulher (Deams) de todo o estado. Além das Deams, compõem a Rede de Atendimento à Mulher os 11 juizados de violência doméstica, os centros de Referência de Atenção à Mulher - dos governos estadual e municipais - , assim como duas casas-abrigo e ONGs. 
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