27/08/2013 - 11:33 | última atualização em 28/08/2013 - 15:57

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Zona Oeste, a capital dos homicídios

redação da Tribuna do Advogado

"A polícia do Rio mata mais do que a de qualquer país desenvolvido do mundo". "A Zona Oeste é, disparado, onde mais se mata". Com declarações amparadas por números que evidenciam não só a violência urbana, mas a falta de precisão dos dados que as instituições dispõem, o sociólogo Michel Misse abriu o ato Desaparecidos da democracia após apresentação do presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz.
 
"Nos EUA, que têm uma política reconhecidamente dura, cerca de 300 pessoas são mortas por ano em uma população de 300 milhões. No Rio são mil mortes em 16 milhões", comparou o sociólogo, que criticou, também, a falta de integração entre os dados da polícia, do Ministério Público e dos tribunais. 

Vítimas de autos de resistência por região entre 2002 e 2010
  • Zona Oeste - 1877
  • Sub. da Central - 1262
  • Sub. Leopoldina - 1105
  • Zona Norte - 464
  • Centro - 358
  • Ilha - 226
  • Zona Sul - 269
 
Para Felipe, que vê na OAB/RJ uma possibilidade de interlocução com estado na implantação de políticas públicas, é importante que a discussão seja propositiva. "Queremos um diálogo com o Estado e a evolução de políticas públicas. Temos que discutir a polícia de forma dura, porém propositiva", defendeu, lembrando que a ideia da Seccional é que os atos realizados pela entidade se tornem discussões políticas.
 
Tesoureiro da Seccional e idealizador da campanha, Luciano Bandeira explicou que será formado um grupo da Comissão de Diretos Humanos para estudar os dados apresentados por Misse e propor soluções ao estado.
 
O ato foi realizado nesta terça-feira, dia 27, no quarto andar da sede da Seccional.
 
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