"Foi um gênio da raça. Nunca perdeu de vista as suas convicções. Reafirmava, sempre, a sua crença nos valores do socialismo. Um grande brasileiro que se vai". Com essas palavras, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, lamentou a morte na noite desta quarta-feira, dia 5, do arquiteto Oscar Niemeyer, que tinha 104 anos. A morte do arquiteto ocorreu em função de complicações de uma infecção respiratória. Ele estava internado desde o dia 2 de novembro no Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, onde vinha sendo submetido a hemodiálise e fisioterapia respiratória. Foi um gênio da raça. Nunca perdeu de vista as suas convicções. Reafirmava, sempre, a sua crença nos valores do socialismo Wadih Damous presidente da OAB/RJ Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras, em 15 de dezembro de 1907. Seus pais, Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, moravam na Rua Passos Manuel, que, mais tarde, recebeu o nome de Ribeiro de Almeida, avô do arquiteto e ministro do Supremo Tribunal Federal. Em 1929, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, onde se formou em Arquitetura e também em Engenharia. Formado, decidiu trabalhar, mesmo sem ganhar nada, no escritório do urbanista Lucio Costa. Em 1956, já considerado dos mais importantes arquitetos do Brasil, foi convidado pelo então presidente da República, Juscelino Kubitschek, para integrar a equipe de construção da nova capital, Brasília, cujo plano urbanístico ficou a cargo de seu amigo Lucio Costa. Em 1958, tendo sido nomeado arquiteto-chefe da nova capital, Niemeyer mudou-se para Brasília, onde residiu até 1960. Na capital federal, Niemeyer - chamado de Escultor de Espaços pelo poeta Vinicius de Morais - foi responsável pela construção de prédios como do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho, do Tribunal Superior Eleitoral e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.