Em declaração publicada nesta sexta-feira, dia 20, no blog do jornalista Frederico Vasconcelos, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, afirmou que o corporativismo do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso - "muito comum em juízes de carreira" - era a razão de seu desconforto na Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "O ministro Cezar Peluso encarna um exacerbado corporativismo muito comum em juízes de carreira, sobretudo nos desembargadores paulistas. Era claro, por isso, o seu desconforto na Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão pelo qual não nutre qualquer apreço, ao contrário dos seus antecessores". Wadih concordou com a crítica de Peluso sobre a tendência atual do Judiciário de julgar de acordo com pressões da opinião pública - o ministro falou sobre o tema em recente entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico. Em relação a Carlos Ayres Britto, que assumiu a Presidência do Tribunal nesta quinta-feira, Wadih demonstrou boas expectativas: " O seu sucessor, ministro Carlos Ayres Britto, como é oriundo da advocacia, e sem o ranço do corporativismo togado, alimenta esperanças de uma Presidência mais democrática e de mais prestígio ao CNJ".