A notícia de que soldados do 1º Batalhão da Polícia do Exército, onde funcionava o Doi-Codi durante a ditadura militar, entoavam cânticos de conteúdo ofensivo durante exercício de rua, na última quarta-feira, dia 11, foi encarada com revolta pelo presidente da OAB/RJ, Wadih Damous. Ele classificou o ato como 'inadmissível'. Para Wadih, é um sinal de que a contaminação do setor militar pela truculência persiste. "Fica claro que todo o aparato ligado à segurança pública, como forças armadas e polícia, continua contagiado com uma ideologia que já deveria ter sido superada há muito tempo", afirmou. O fato foi divulgado nesta quinta-feira, dia 12, na coluna do jornalista Ilimar Franco, no jornal O Globo: "Soldados do quartel do 1º Batalhão da Polícia do Exército, onde funcionava o Doi-Codi na ditadura militar, corriam ontem pela manhã na rua Barão de Mesquita, no Rio, cantando: "Bate, espanca, quebra os ossos. Bate até morrer". O instrutor então perguntava: "E a cabeça?". Os soldados respondiam: "Arranca a cabeça e joga no mar". No final o instrutor perguntava: "E quem faz isso?". E os soldados respondiam: "É o Esquadrão Caveira!". A declaração de Wadih pode ser ouvida na Rádio OAB/RJ. Rádio OAB/RJ (clicar em coluna Notícias)