O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, manifestou nesta terça-feira, dia 31, irrestrita solidariedade à judoca Rafaela Silva que, após ser desclassificada nas Olimpíadas de Londres por aplicar um golpe irregular na sua adversária, foi chamada de "macaca" por um usuário da rede social Twitter. É inacreditável que manifestações de cunho racista como essas continuem a acontecer Wadih Damous Segundo Wadih, é "inacreditável que manifestações de cunho racista como essas continuem a acontecer. A judoca Rafaela, futura campeã nas Olimpíadas de 2016, no Brasil, merece o nosso incentivo e a nossa solidariedade e não agressões de cunho racista". O presidente da Seccional lamentou o mau uso das redes sociais. "Os usuários deste instrumento de comunicação devem tomar cuidado para não agredir as pessoas usando palavras de cunho racista ou qualquer outro tipo de ataque pessoal e que, certamente, podem e devem virar processo na Justiça". Rafaela, 20 anos, moradora da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e revelada por um projeto social, era uma das esperanças de medalha do Brasil na Olimpíada na categoria leve (até 57kg) do judô, mas foi desclassificada ao pegar a perna da adversária com as mãos, o que foi proibido no esporte em 2009. "A chamaram de macaca, disseram que ela tinha que ir para jaula. Que país é esse que a cor de pele justifica um ato assim?", disse Rosicleia Campos, treinadora da atleta, após ver os xingamentos racistas feitos à judoca no Twitter.