03/05/2012 - 13:48

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Wadih cobra nomeação da Comissão da Verdade

redação da Tribuna do Advogado

Ao comentar o lançamento do livro de memórias de um ex-agente da ditadura militar, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, lembrou que o paradeiro dos militantes políticos desaparecidos na época ainda é uma ferida não cicatrizada na sociedade brasileira. Para ele, as revelações do ex-agente sobre o paradeiro dos desaparecidos reforçam a necessidade de se investigar o que realmente ocorreu durante a ditadura. "Está mais do que na hora de a presidenta Dilma Roussef nomear a Comissão da Verdade", afirmou.
 
Em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, publicado em primeira pessoa sob o título Memórias de uma guerra suja, o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Cláudio Antônio Guerra diz que pelo menos dez corpos de militantes executados teriam sido incinerados em uma usina de açúcar no norte do Estado do Rio em 1973. Afirma também que o delegado Sérgio Paranhos Fleury - símbolo da linha-dura do regime - teria sido assassinado por ordem dos próprios militares, assim como o jornalista Alexandre Von Baumgarten, dono da revista O Cruzeiro.
 
"As informações do livro ao mesmo tempo em que devem ser recebidas com cautela não podem também ser descartadas de plano", completou Wadih.
 
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