06/04/2017 - 11:22 | última atualização em 06/04/2017 - 11:25

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Uerj fará reunião para decidir se aulas começam na segunda-feira

jornal O Globo

O reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ruy Garcia Marquez, anunciou ontem que existe a possibilidade de as aulas começarem na instituição na próxima segunda-feira. A decisão será tomada amanhã, em reunião do Fórum de Diretores de Unidades Acadêmicas, no campus do Maracanã.
 
"Eu diria que nós precisamos voltar (às aulas). A esperança é a mesma. A esperança é que a gente possa retornar. Não que tenhamos conseguido tudo, mas aqui, presentes, nós gritamos mais alto. Nós vamos gritar juntos. Precisamos reerguer esse orgulho do Estado do Rio, que é a Uerj", defendeu o reitor, ao lado da vice-reitora da instituição, Maria Georgina Muniz.
 
Por causa da greve realizada no ano passado, quando os alunos da Uerj voltarem às salas, ainda terão que concluir o segundo semestre de 2016. As aulas na universidade deveríam ter começado no dia 17 de janeiro, mas o retomo ao campus já foi adiado cinco vezes. O drama enfrentado por estudantes e professores da instituição é um dos reflexos da crise financeira do Rio. Ontem, o governador Luiz Fernando Pezão passou o dia em Brasília para acompanhar a votação do projeto de renegociação de dívidas, que pode socorrer estados.
 
Na semana passada, uma decisão do desembargador Maurício Caldas impediu que Pezão cortasse 30% dos salários dos professores da universidade. O governador tinha ameaçado reduzir o valor do pagamento, alegando que há meses não são realizadas aulas na instituição.
 
Na decisão, o desembargador afirmou que "a paralisação das atividades da Uerj não é voluntária ou motivada por reivindicações salariais, mas decorrência pura e simples da falta de condições mínimas de funcionamento e do enorme risco aos seus mais de 30 mil alunos e 6 mil servidores que por ali transitam diariamente"
Anteontem à noite, servidores da universidade fizeram protestos no Leblon, em frente ao prédio onde mora Pezão e ao apartamento do ex-governador Sérgio Cabral.
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