O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recalculou na noite de ontem o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados com base no Censo do IBGE de 2010. Com a mudança, aprovada por 5 votos a 2, oito Estados perdem e cinco ganham cadeiras no Legislativo. A decisão vale apenas a partir das eleições de 2014 e ainda poderá ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). A análise foi feita pela Justiça Eleitoral a partir de um pedido do Estado do Amazonas, que com a decisão ganhou um deputado. Perdem uma cadeira Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Paraíba e o Piauí perdem duas. Ganharam vagas Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina Perderam vagas Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul Em relação aos beneficiados, além do Amazonas, Santa Catarina também ganha uma vaga na Câmara, enquanto Ceará e Minas Gerais ganham duas. O Pará, por sua vez, terá quatro novos deputados. Os votos vencedores seguiram critério adotado pela relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, que apresentou seus cálculos e defendeu a atualização com base no que chamou de atual "disparidade". Os dois votos contrários à nova divisão foram proferidos pelos ministros do STF Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia. Para eles, a Constituição Federal determina que a reconfiguração da Câmara seja feita por meio de Lei Complementar e não pelo TSE. A mudança terá impacto nas Assembleias Legislativas, já que o número de deputados estaduais é calculado com base no tamanho das bancadas na Câmara.