Toffoli tem posse concorrida no STF 24/10/2009 - Numa cerimônia breve e disputada, José Antonio Toffoli tomou posse ontem como um dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Mais de mil pessoas assistiram ao evento, que durou apenas 15 minutos. Após fazer o juramento protocolar, Toffoli recebeu os cumprimentos dos presentes, entre eles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deputados, senadores, ministros, governadores e a cúpula do Judiciário. Até o piloto de corrida Emerson Fittipaldi foi dar um abraço no novo ministro. Em seguida, Toffoli recebeu parte dos convidados em uma casa de festas de Brasília, onde foi servido um coquetel. A festa foi paga por 36 associações jurídicas, incluindo a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e entidades ligadas à Advocacia Geral da União (AGU). Toffoli é o oitavo integrante da Corte indicado pelo presidente Lula. Até o fim do mandato, o presidente deverá indicar mais um ministro, já que Eros Grau completará 70 anos ano que vem e se aposentará. Na posse, Lula não fez discurso. Pela manhã, quando Toffoli passou o cargo de advogado-geral da União a José Inácio Adams, Lula disse que passou a prestar atenção em Toffoli em 2002, quando ouviu do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e hoje ministro da Defesa, Nelson Jobim, que o advogado do PT e de sua candidatura a presidente era "um menino muito bom". "Eu lembro que, no processo eleitoral de 2002, me parece que o Jobim era presidente da Justiça Eleitoral. E um dia o Jobim falou assim para mim: "Ô, Lula, vocês têm, defendendo a tua candidatura e o partido, um menino muito bom. O Toffoli é um advogado de muita competência." Foi a partir daí que eu comecei a ter mais conhecimento do trabalho do Toffoli. Daí ele foi para a Casa Civil e, daí, para a AdvocaciaGeral da União", discursou Lula. Sobre a atuação de Toffoli à frente da AGU, o presidente destacou a opção por bons acordos: "Não tivemos nenhum problema durante todo o mandato do companheiro Toffoli, porque, entre uma boa briga e um bom acordo, nós sempre preferimos fazer um bom acordo". Depois da posse, o presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que não é certo que Toffoli vote no processo de extradição contra o ex-ativista italiano Cesare Battisti. A votação está em quatro a três a favor da extradição: "Vamos fazer uma avaliação interna no âmbito do nosso tribunal".