15/07/2011 - 16:06

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TJ promove debate sobre drogas

TJ promove debate sobre drogas


Do Jornal do Commercio

15/07/2011 - O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, abriu ontem o seminário As drogas e seu uso na sociedade de consumo, organizado pela Coordenadoria Estadual Judiciária da Infância e Juventude (Cejij) do TJ-RJ. Na ocasião, foi lançado o Guia da rede de atendimento ao usuário ou dependente de drogas.

Para o presidente do TJRJ, a proliferação de drogas cada vez mais pesadas está aumentando, com resultados ainda mais catastróficos. "O problema das drogas é mundial, não apenas brasileiro. Temos tido muitas discussões acerca do assunto, com posicionamentos que vão do rigor à liberação. A situação não é fácil de resolver. Há muitas divergências, entre as próprias pessoas que tratam do assunto.

Devemos opinar no sentido de encontrar soluções. Estamos passando por um momento muito difícil", acredita o desembargador.

Em seguida, a coordenadora da Cejij, desembargadora Conceição Mousnier, destacou que a sociedade contemporânea cada vez mais privilegia o ter e consome os bens freneticamente produzidos. "É a valorização do ter, do consumir bens e drogas de qualquer natureza - corrupção, tráfico, prostituição infantil.

Nesse consumo, busca-se apenas a exterioridade e, assim, a droga preenche um vazio", afirmou. Para a desembargadora, a libertação do jovem desse movimento de degradação, que é o vício da droga, deve passar pela prevenção, pela valorização do ser humano e pelo repasse do conhecimento sobre o uso das drogas e suas consequências.

"Neste país, temos democracia política, mas não temos democracia social", afirmou.

O corregedor geral de Justiça do estado, desembargador Antonio José Azevedo Pinto, disse que hoje, em qualquer tratamento de Medicina, a prevenção é o primeiro passo. Para o magistrado, é preciso lutar e trabalhar em prol de uma solução, que não pode ficar no campo das ideias e das palavras, deve ir para o campo das ações.

"Em muitas situações ligadas às drogas, as contas finais vêm ao Judiciário", lembrou.

O presidente do Conselho Consultivo da Escola de Administração Judiciária (Esaj), desembargador Sidney Hartung, disse que, sem luta, nada se atinge e sem coragem, nada se consegue. "É difícil encontrarmos soluções a pequeno prazo. O tempo não pode ser detido", enfatizou. Para a desembargadora Leila Mariano, diretora geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio (Emerj), a família e os professores são os principais meios de transformação. Ela também afirmou que a Emerj é parceira da Cejij nesta luta. "Podemos transformar em curso online todo o material aqui hoje produzido", disse a magistrada.


 

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