A presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargadora Leila Mariano, reconheceu ontem que o estado não conta com protocolos eficazes de segurança para o transporte de detentos de presídios para os diversos fóruns do estado, para as mais de 300 audiências diárias realizadas nesses locais. Leila também criticou a estrutura da Secretaria estadual de Administração Penitenciária, que, segundo ela, não tem sequer veículos suficientes para o transporte dos presos. Para a magistrada, a falha que provocou a morte de um menino e um PM, durante uma tentativa de invasão do Fórum de Bangu, no último dia 31, foi de segurança pública e não institucional. "Onde estavam os órgãos de inteligência? Onde estavam os órgãos de repressão? Não queremos apontar culpados, o momento não é para isso, mas para uma união para a solução". Em nota, a Seap informou que quem conhece a periculosidade dos presos são os juízes e que cabe a eles decidir o que deve ser feito pelo batalhão da área, em caso de audiências. A secretaria disse ainda que mais 48 vans serão recebidas para o transporte de detentos e que cinco micro-ônibus deverão ser entregues até dia 20.