O Tribunal de Justiça do Rio vai acompanhar as investigações sobre as causas do acidente aéreo que matou, segunda-feira, em Maricá, duas pessoas, entre elas o juiz Carlos Alfredo Flores da Cunha. O acompanhamento será por meio da Comissão de Segurança Institucional do Poder Judiciário do Estado do Rio (Coseg). O magistrado, de 48 anos, estava a bordo de um bimotor que caiu na Lagoa do Marine. Em nota, a Polícia Civil informou que o motor da aeronave já foi encaminhado para perícia e que responsáveis e funcionários dos aeroclubes de Jacarepaguá e de Maricá serão chamados para prestar depoimento. A Agência Nacional de Aviação Civil disse que o Aeródromo de Maricá está aberto para pousos e decolagens, apesar de um decreto do prefeito Washington Araquá (PT), que proibiu determinadas operações desde 11 de setembro. Nesse dia, um instrutor de voo morreu e um aluno ficou ferido após um monomotor cair no Centro da cidade. A Anac informou ainda que está investigando as denúncias de que pousos estavam sendo impedidos pela prefeitura e que carros da Guarda Municipal estariam na pista do aeródromo de Maricá no momento da queda. Uma testemunha, que não se identificou por medo de represálias, afirmou à rádio CBN que havia carros da guarda impedindo pousos na hora do acidente. A testemunha contou ainda que sofreu ameaças depois de fazer essa denúncia, acrescentando que os guardas andam armados.