Cerca de 90 agentes da Divisão de Homicídios (DH)saíram às ruas ontem para cumprir 18 mandados de busca e apreensão em endereços pessoas ligadas aos três policiais suspeitos de executar a juíza Patrícia Acioli, no mês passado, em Niterói. Ontem, o tenente Daniel dos Santos Benitez lapes e os cabos Sérgio Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda foram ouvidos na DH. Até o final da noite, os depoimentos' ainda não tinham terminado. Segundo o delegado titular da DH, Felipe Ettore, na segunda-feira, quando foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão,uma das armas usadas por um dos suspeitos foi apreendida. De acordo com o delegado, uma pistola .40 foi encontrada na casa do cabo Sérgio Costa Júnior. Na casa da mãe do cabo, os policiais apreenderam munição. Os agentes também encontraram munição no armário do tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes dentro do 7 ° BPM (São Gonçalo). Ainda segundo Ettore, cerca de 700 armas que foram encontradas serão periciadas e vão passar por um confronto balístico no Instituto de Criminalística Carlos Eboli (ICCE). Ontem, policiais levaram para DH outras 62 pistolas que foram apreendidas. Os policiais foram a endereços em Senador Camará, Jacarepaguá, Niterói e São Gonçalo. Para o delegado, a motivação do crime foi "frear a marcha processual". Os três PMs já respondiam por homicídio. Exame sem prazo para terminar O exame de confronto balístico das armas apreendidas será feito por peritas do Instituto de Criminalística Carlos Eboli (ICCE). Segundo o diretor do instituto, Sergio Henriques, o trabalho detalhado que se exige nessa comparação pede um olhar feminino. "É um trabalho bem detalhista, e desses pequenos detalhes mulher entende mais do que homem." O objetivo do exame é descobrir de quais armas partiram os tiros que mataram a juíza. Mas Henriques diz que não é possível fazer a mínima previsão de quando a perícia tem todas as armas terminará.