12/02/2016 - 11:20

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Para STJ, petição digital não dispensa nome do advogado

Jornal do Commercio

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem entendimento firmado de que, nas ações peticionadas eletronicamente, o nome do advogado titular do certificado digital deve também constar na procuração para que a ação recursal tenha seus efeitos válidos. Esse entendimento foi endossado pela Segunda Turma do STJ ao julgar recurso em medida cautelar (AgRg na MC 24662) cujo acórdão declara que "a jurisprudência do STJ é clara ao afirmar que a opção pela utilização do meio eletrônico de peticionamento implica na vinculação do advogado titular do certificado digital ao documento chancelado", como "subscritor da peça".

Com base nesse entendimento, não se pode confundir a assinatura digitalizada ou escaneada nos autos com a assinatura realizada por meio de certificação digital.
 
A Segunda Turma reiterou esse posicionamento ao julgar agravo (AgRgno AREsp 724319). "A prática eletrônica de ato judicial, na forma da Lei nº 11.419/2006, reclama que o titular do certificado digital utilizado possua procuração nos autos, sendo irrelevante que na petição esteja ou não grafado o seu nome", diz a decisão do colegiado no agravo. O atendimento às regras de peticionamento eletrônico evita que recursos sejam considerados "inexistentes", conforme o texto estabelecido na súmula 115 do STJ, a qual determina que "na instância especial é inexistente recurso interposto por advogados sem procuração nos autos". 
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