Quase três anos depois do desaparecimento e morte do pedreiro Amarildo de Souza, a Polícia Militar (PM) do Rio expulsou da corporação nesta quinta-feira, dia 25, sete dos policiais envolvidos no crime. Eles foram condenados pela Justiça no inicio de fevereiro, com outros seis PMs, por tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual. As penas de nove anos e quatro de reclusão. Os sete foram julgados pelo Conselho de Disciplina da PM. São eles o terceiro sargento Jairo Conceição Ribas e os soldados Anderson César Soares Maia, Wellington Tavares da Silva, Douglas Roberto Vital Machado, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Fábio Brasil da Rocha da Graça e Marlon Campos Reis. Os policiais já estavam presos e, agora, deixam de receber salário e de ser militares - não podem usar farda e perdem o porte de arma. O então comandante da UPP da Rocinha na época do crime, major Edson Raimundo dos Santos, tido pelaJustiça como o mentor intelectual da tortura a Amarildo, ainda não foi expulso. Ele recebeu a maior pena: 13 anos e sete meses de reclusão. O mesmo ocorre com o subcomandante da UPP, tenente Luiz Felipe de Medeiros, condenado a dez anos e sete meses de reclusão. Para a Justiça, ele orquestrou o crime com o major e participou pessoalmente da execução. Segundo a PM, por serem oficiais, eles passam por um processo diferente, chamado Conselho de Justificação. O resultado desse procedimento foi remetido à Justiça, que dará a palavra final sobre a expulsão. Um dos praças condenados, o soldado Vinícius Pereira da Silva, teve a punibilidade extinta porque morreu em 2015.