25/08/2010 - 16:06

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Seminário da OAB/RJ discute situação do mercado jurídico

Seminário da OAB/RJ discute situação do mercado jurídico

 

 

Da redação da Tribuna do Advogado

 

25/08/2010 - As dificuldades e possibilidades de atuação de advogados no mercado foram discutidas durante o seminário As perspectivas e demandas do mercado jurídico, promovido comissão OAB Jovem e pela ESA, nesta quarta-feira, dia 25. Presidente da comissão, Rafael Rihan abriu o evento fazendo uma análise sobre a advocacia privada no Rio de Janeiro. Segundo ele, a maior parte das pessoas conclui a faculdade de Direito com o objetivo de prestar concurso público por não considerar a advocacia privada "atraente". Para ele, no entanto, é preciso mudar essa visão, já que novas oportunidades estão surgindo no cenário privado. "Há uma tradição no estado em concentrar muitas atividades no Poder público, já que foi a capital da república no passado. Contudo, estamos num momento de retomada do crescimento econômico do Rio, com a realização de eventos com como as Olimpíadas, e a advocacia privada está profundamente ligada à economia", afirmou.

 

Para o membro da OAB/SP, Hélio Gustavo Alves, que participou do seminário, o segredo para que os profissionais consigam obter sucesso fora da advocacia pública está na especialização. "Antigamente, nós tínhamos aquele advogado que fazia de tudo. Hoje, a advocacia pede cada vez mais uma especialização", analisou. Segundo ele, o primeiro passo para é a escolha de um "foco de estudo", que deve estar preferencialmente relacionado a uma área que necessite de mão-de-obra. "É preciso que o estudante ache um assunto que ainda não tenha sido muito explorado. O exemplo que dou é o que eu mesmo fiz há 15 anos atrás, quando escolhi o Direito Previdenciário. Atualmente, temos possibilidades no âmbito do Direito Eleitoral, no Direito da Comunicação e da Informação, Empresarial etc.", aconselhou.

 

Ainda durante o painel sobre o Panorama do mercado atual, o tesoureiro da OAB/RJ, Marcello Oliveira, concordou com a ideia da especialização, estimulando as pesquisas sobre assuntos relativos à área escolhida como uma forma de aperfeiçoamento profissional. Apesar disso, para ele, mais do que apenas dominar aquilo que tem a ver com o âmbito onde atua, o advogado deve conhecer muito bem o Direito como um todo. Na opinião de Oliveira, a tão discutida mudança nas grades das universidades não deve, em hipótese alguma, permitir que se abra mão das chamadas disciplinas propedêuticas. "É fundamental que a visão do advogado extrapole a literalidade da lei. Ele precisa ter uma interpretação histórica, teleológica do Direito, além de compreender a intenção do legislador e, fundamentalmente, entender de onde vem a lei. Por isso a necessidade de matérias como a sociologia, a antropologia, a introdução à filosofia do Direito", defendeu.

 

Também participaram da abertura do evento a secretária-adjunta da Caarj, Naide Marinho da Costa; a vice-presidente da OAB Jovem, Lívia Parente; e o membro da Comissão, Eduardo Valença.

 

As atividades do seminário prosseguirão até as 20h.

 

Veja aqui a programação completa.

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