09/05/2017 - 19:08 | última atualização em 09/05/2017 - 19:12

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Secretário fala na OAB/RJ sobre crise de segurança no Espírito Santo

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Bruno de Marins  |   Clique para ampliar
Secretário estadual de Direitos Humanos do Espírito Santo, Júlio Pompeu esteve na noite desta segunda-feira, dia 8, na sede da OAB/RJ, para falar sobre a crise da segurança pública de um modo geral e o caso da greve da Polícia Militar do estado, que teve como consequência 21 dias de caos, com assaltos, arrastões e mortes, em fevereiro deste ano.

Apesar da reivindicação da correção da remuneração dos policiais militares pela inflação na ocasião, Pompeu observou que o salário dos policiais não estava atrasado, como alguns alegavam. Entre alguns de seus pleitos estava a exigência por maior capacitação pelo novo governo: "O treinamento para a polícia há algum tempo era feito em oito meses, depois passou para seis meses e, em alguns casos, quatro. Quando teve a virada do governo sobraram mil policiais que já tinham feito a capacitação mais curta, ao mesmo tempo em que se mudou novamente para oito meses. Veio a pressão para nomear todo mundo. Os que ainda estavam em treinamento, porém, ficaram revoltados pelos outros terem feito menos tempo e já estarem em serviço", exemplificou o secretário.

Ele contou como foi a experiência de viver, de perto, os dias de tensão nas ruas causado pelas ondas de assaltos e mortes. O período contou com manifestações em toda a Região Metropolitana de Vitória e ocupação dos quartéis pelos familiares dos militares. 

Tesoureiro da OAB/RJ, Luciano Bandeira demonstrou preocupação com a situação do Rio de Janeiro, em que a capacidade de pagar salários estaduais se encerra no mês de maio, segundo sua apuração. "Estamos próximos de uma crise e aqui, de fato, as pessoas não estão recebendo os seus salários".

Pompeu se manteve firme, porém contra a anistia aos policiais grevistas: "Anistiar é errado, é imoral. É um desrespeito com os nossos 214 mortos. Para se ter ideia morreu mais policiais nos dias do movimento do que durante todo o ano de 2016. Fora o prejuízo econômico de quem foi assaltado, não há como recuperamos essas vidas", ponderou.

A mesa teve a presença do presidente da Comissão de Segurança Pública da Seccional, organizadora do evento, Breno Melaragno; e do coordenador das comissões da casa, Fábio Nogueira.
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