Vitor Fraga A Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil (Cevenb) da OAB/RJ promove desde essa terça-feira, dia 22, o seminário Afroempreendedorismo, criatividade e reparações. O evento, que termina nesta quarta, acontece no Salão Nobre Antonio Modesto da Silveira, e é realizado em parceria com o Instituto Omolara Brasil, com o apoio do movimento feminista negro (FEMNRJ). A abertura foi feita pela diretora de Igualdade Racial da Ordem, Ivone Caetano, que representou o presidente da Cevenb, Humberto Adami. A palestra inicial, na tarde do dia 22, foi feita pela contadora de histórias Maíra Oliveira, que representou Sinara Rúbia, do Omolara Brasil, e falou sobre modelos de empreendedorismo na área de educação. “Quando se fala em empreendedorismo na educação, se pensa muito em formulação de livros didáticos, plataformas de educação à distância, softwares e outros. Mas o trabalho desenvolvido pela Sinara utiliza uma solução dentro da educação, não necessariamente nos espaços escolares, para a reparação do racismo institucional”, afirmou. A ausência de literatura infanto-juvenil que representasse os negros de maneira positiva foi um dos pontos de partida da proposta. “Não se falava então em protagonismo negro como hoje nas redes sociais, mas já percebíamos o apagamento proposital dos nossos corpos”, ressaltou. Ao longo dos dois dias, o encontro teve painéis como O papel das universidades públicas no fortalecimento do afroempreendedorismo; o Afroempreendedorismo dos saberes tradicionais; o Afroempreendedorismo no audiovisual; Diversidade nos ramos de atividade, entre outros. Ao final do evento, haverá o encaminhamento do relatório com as conclusões dos debates, que devem ser objeto de publicação.