O sargento do Exército Irleandro Maia Bueno foi julgado e absolvido ontem pelo júri popular. Ele era acusado de, ao lado de outros dez militares, ter entregue três jovens do Morro da Providência a traficantes do Morro da Mineira, em 2008. O julgamento do tenente Vinícius Ghidetti de Moraes Andrade, que também estava na pauta, foi adiado devido a uma perícia ter constatado que ele está com sérios problemas psiquiátricos. Sargento era acusado de ter entregue jovens do Morro da Providência a traficantes do Morro da Mineira O Ministério Público Fedestral alegava que, ao participar da entrega dos três jovens para os bandidos, o militar assumiu o risco de morte ou, ao menos de tortura das vítimas. "Façam Justiça. Condenem ele!", pedia o procurador federal Marcello Paranhos de Oliveira Miller em sua sustentação. Já o advogado de Leandro, Walmor Flávio de Jesus, afirmava que seu cliente apenas cumpria ordens dos seus superiores. "Vocês já devem ter ouvido que missão dada é missão cumprida e é assim que é o militarismo no Exército", explicava aos sete jurados, garantindo que não houve violência nem tortura. Os onze parentes e amigos de Leandro, que acompanhavam o julgamento, comemoram a absolvição do militar, que poderá voltar às suas funções no Exército, já que também foi absolvido do crime na Justiça Militar. "Glória a Deus!", chegou a dizer a mãe do sargento.