21/06/2013 - 10:16

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Rio e SP não definem como vão cobrir custos com passagens

jornal O Globo

Um dia após anunciar que teria de cortar investimentos para cobrir as despesas com a redução das passagens de ônibus, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, ainda não esclareceu onde os cortes ocorrerão. Na estimativa de Paes, nos 12 primeiros meses de subsídios serão necessários RS 200 milhões. Nem o prefeito nem o secretário municipal de Fazenda, Marco Aurélio Santos Cardoso, retornaram os pedidos de entrevistas. O orçamento da prefeitura para este ano é de RS 23,5 bilhões.
 
O governo do estado também não divulgou se haverá necessidade de cortes para subsidiar as reduções de tarifas de trens, metrô e barcas, que entram em vigor hoje. A Agência de Transportes Públicos do Estado (Agetransp) se limitou a publicar em seu site um comunicado sobre a redução das tarifas, mas não respondeu às perguntas enviadas por e-mail sobre as implicações jurídicas da decisão do governador Sérgio Cabral.
 
Em São Paulo, o governo estadual e a prefeitura também ainda não sabem dizer de onde vão tirar recursos e que investimentos serão adiados para permitir a redução da passagem, de R$ 3,20 para R$ 3. O prefeito Fernando Haddad (PT) passou o dia reunido com o secretariado, mas, segundo sua assessoria, até a noite de ontem não era possível dizer de onde vão sair R$ 175 milhões necessários para bancar a medida. Mesma situação da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do estado, que ontem informou não saber nem de que área do orçamento sairão os R$ 210 milhões necessários para subsidiar trens e metrô na cidade.
 
"Grande parte dos investimentos deste ano são feitos com recursos financiados. E em financiamentos não podemos alocar recursos de uma área para outra, porque eles são obtidos para projetos específicos", afirmou o secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Júlio Semeghini.
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