Realizado simultaneamente com o XVI Encontro Nacional da Jovem Advocacia, em Rondônia, dos dias 1º a 3 de junho, o Colégio de Presidentes das Comissões dos Jovens Advogados teve, como principal pauta, a necessidade urgente de fortalecimento dos profissionais em início de carreira. Segundo o presidente da comissão OAB Jovem da OAB/RJ, Tomás Ribas, que representou o Rio de Janeiro no evento, um dos principais pleitos evidenciados por ele na ocasião foi a luta pela extinção da cláusula de barreira, que atualmente impede que advogados com menos de cinco anos de formados ocupem cargos de diretoria ou participem dos conselhos da Ordem. “A jovem advocacia já representa metade dos advogados e advogadas ativa e mais do que nunca nós precisamos ser ouvidos”, declarou ele, ressaltando que percebeu no encontro uma postura mais combativa para pleitear seu espaço. "A falta de representatividade é tão grande que no próprio encontro, a mesa de abertura contava com apenas dois representantes da jovem advocacia. Isso é simbólico. Porém, a reação dos jovens advogados mostrou que não aceitaremos mais não ter voz". Na ocasião, em que também foi celebrada a XIII Conferência da Advocacia de Rondônia, presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, abordou em seu discurso de abertura a crise política que se instalou no país, destacando a ação do Conselho Federal durante o período. Andrey Cavalcante, presidente da OAB-RO, também comentou o atual momento, afirmando que revoluções são necessárias, mas exaustivas. Segundo ele, as “fontes inesgotáveis de energia e tempo” para vencer essa luta são os jovens advogados. “Quem pode nos ajudar a suprir com vitalidade e firmeza o movimento geral de ideias que encampamos para transformar os valores da nossa vida cívica? Não temos aliado melhor para esse desafio do que o protagonismo histórico-social de nossa juventude”, salientou. Ao final do Colégio de Presidentes das Comissões dos Jovens Advogados foi redigida uma carta, encaminhada a todos os presidentes das seccionais.