Depois da desoneração da folha de pagamentos, da redução do custo da energia e das concessões de infraestrutura, o próximo desafio do governo Dilma é aperfeiçoar o sistema tributário. A opinião é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, um dos conselheiros mais próximos da presidente. Íntegra da entrevista "É o último grande desafio, mas é o mais difícil", disse Coutinho ontem em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, antes de participar do Fórum Brasil Competitivo, debate promovido pelo Grupo Estado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no auditório do jornal, em São Paulo. "É o mais difícil porque sua construção exige a costura de um consenso político muito amplo." Ele frisou, no entanto, que Dilma tem sido "firme" em enfrentar os problemas. Coutinho acredita que o investimento vai se recuperar nos próximos meses e projeta crescimento do PIB de 4% anualizado no último trimestre, mas ressalta que "crescer aceleradamente, sem qualidade, não é a melhor estratégia para o Brasil". Ele admite ainda que o BNDES vai precisar de mais recursos do Tesouro, mas não revela quanto.