01/04/2011 - 16:06

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Redes sociais na prevenção às drogas

Redes sociais na prevenção às drogas


Da redação da Tribuna do Advogado

01/04/2011 - A comunicação e seus novos mecanismos tecnológicos, como as redes sociais, são eficientes ferramentas na prevenção das drogas. Isso é válido especialmente levando-se em conta que são as drogas sintéticas (metanfetaminas) que dominam o panorama mundial de consumo e tráfico de substâncias ilícitas, dado seu baixo custo, as facilidades de sua produção e a rapidez com que chega ao usuário. 

Esse panorama foi traçado nesta sexta-feira, dia 1º, pela presidente da organização Brasileiros Humanitários em Ação e especialista na área, Mina Seinfeld Carakushansky, no seminário Drogas - o que se sabe e o que é possível fazer?, promovido pela Comissão de Políticas sobre Drogas da Seccional, presidida pelo advogado Wanderley Rebello.

Mina lembrou que há centenas de sites na internet ensinando tudo sobre praticamente qualquer droga, inclusive sobre como montar um laboratório dentro de uma cozinha por menos de R$ 1 mil. "Para essas centenas, milhares de sites estimulando o uso de drogas, há muito poucos alertando sobre os malefícios, a dependência química que causam", disse. Diferentemente do que se pensa, em termos mundiais, o consumo de cocaína e ecstasy, por exemplo, está estabilizado, enquanto o da maconha está em queda e a produção de ópio é menor do que a registrada no século passado. A vez é das metanfetaminas, relatou, e outra razão para isso é a simplicidade para formular versões diferentes para burlar cada proibição legal.

"Enquanto as pessoas quiserem consumir, haverá produção", constatou a especialista, que aproveitou para comparar a enorme diferença entre os que usaram uma droga ilícita pelo menos uma vez no ano - 5% da população mundial - e os usuários de tabaco - 30% da população mundial -, droga lícita responsável por 5 milhões de mortes/ano.

Em seguida foi a vez do psiquiatra e tenente-coronel Marco Barreto mostrar à platéia como são afetadas as diferentes áreas do cérebro, de acordo com os diversos tipos de drogas. Barreto alertou sobre a rapidez da devastação neuronal verificada entre os usuários de crack.

Membro da Comissão da Seccional e remador, Paulo Carvalho homenageou o atleta Renato César, tido como um exemplo de que o esporte é um mecanismo real de superação de dificuldades. Renato, apesar de ter sofrido com problemas financeiros e familiares, integra desde 2002 a seleção brasileira de remo.

O seminário, aberto pelo presidente da Comissão, Wanderley Rebello, incluiu palestras, cada uma sob determinada abordagem, da coordenadora da Coordenadoria especial de Prevenção de Drogas da Prefeitura do Rio de Janeiro, Sílvia Pontes; da psicóloga clínica Ana Café, de Paulo Carvalho e do membro da World Federation Against Drugs e ex-deputado Carlos Dias. O secretário-geral da OAB/RJ, Marcos Luiz Oliveira de Souza, saudou os participantes em nome do presidente Wadih Damous.

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