02/01/2017 - 16:08 | última atualização em 02/01/2017 - 16:06

COMPARTILHE

Rebelião em prisão de Manaus deixa ao menos 50 mortos

site BOL Notícias

Após quase 17 horas, uma rebelião violenta no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, a capital do Amazonas, terminou na manhã desta segunda-feira, dia 2, com ao menos 50 mortos, segundo autoridades locais. Ao portal de notícias G1, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, disse que "entre 50 e 60 pessoas" morreram. O motim começou no início da tarde de domingo.
 
As autoridades afirmaram que o conflito foi motivado por brigas entre duas facções rivais, o Primeiro Comando da Capital (PCC), com base em São Paulo, e a Família do Norte (FDN), aliada do Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro. "Tudo indica que foi o ataque de uma facção maior contra uma menor para eliminar a concorrência", afirmou Fontes, em uma entrevista concedida na noite de domingo.
 
O complexo abriga 1.072 detentos, segundo o site da empresa administradora. Durante o motim, ao menos 12 agentes carcerários foram mantidos reféns. Fugas também foram registradas, mas o balanço oficial ainda não foi divulgado. Os reféns foram libertados pela manhã sem ferimentos.
 
Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil do Amazonas (OAB/AM), durante a rebelião corpos de seis pessoas sem cabeça foram arremessadas para fora do Comaj. As vítimas ainda não foram identificadas. Além das decapitações, corpos foram mutilados e queimados durante o motim. "Estamos diante do maior e mais horrível massacre já ocorrido em todos os presídios do Brasil", afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem do Amazonas, Epitácio Almeida, em entrevista à agência de notícias Efe.
Abrir WhatsApp