27/08/2013 - 18:27 | última atualização em 27/08/2013 - 18:48

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Rádio OABRJ lembra os 39 anos de morte do inventor da dor-de-cotovelo

redação da Tribuna do Advogado

"Eu só sei é que quando a vejo / Me dá um desejo de morte ou de dor". Na voz retumbante de Jamelão ou na elegância de Paulinho da Viola, não há quem fique indiferente à dor dos últimos versos de Nervos de Aço, uma das músicas mais representativas da obra de Lupicínio Rodrigues, homenageado destas terça e quarta-feiras, dias 27 e 28, na Rádio OABRJ pelos seus 39 anos de morte.
 
Presença marcante em sua obra, a dor-de-cotovelo, expressão cunhada por ele para retratar situações de sofrimento amoroso a partir da postura no balcão de bares, se tornou marca registrada do compositor gaúcho. Versos como "Pois um coração magoado / Não fala baixo, nem bebe pouco" (Eu não sou louco, com Evaldo Rui), "Eu gostei tanto / Tanto quando me contaram / Que lhe encontraram / Bebendo e chorando / Na mesa de um bar" (Vingança) se tornaram pérolas da música nacional.
 
Nascido em Porto Alegre, Lupi, como também era conhecido, teve suas primeiras músicas gravadas por Alcides Gerardi, que em 1936 registrou o samba Pergunte a meus tamancos e o samba-canção Triste história, parcerias com Alcides Gonçalves. Em 1938, Cyro Monteiro gravaria aquele que seria seu maior sucesso: Se acaso você chegasse, parceria com Felisberto Martins. Música de inúmeras regravações e que perpassa gerações de cantores, só tem como rival no posto de composição mais conhecida de Lupicínio o hino feito para seu clube de coração: o Grêmio.
 
Em 1939, Lupicínio decide passar uma temporada no Rio de Janeiro, onde passa a frequentar a Lapa e a boemia carioca, conhecendo Wilson Batista, Ataulfo Alves e Francisco Alves, este último um de seus principais intérpretes.
 
Aos 59 anos, Lupicínio faleceu em sua cidade natal.
 
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