31/08/2015 - 13:41

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Quase unanimidade - Antonio José Barbosa da Silva

jornal O Fluminense

Se há desunião na área da economia quanto a medidas para retirar a economia do sufoco, o mesmo não acontece no combate a violência. Ele conseguiu unir o Brasil de cabo a rabo com pedidos de ação policial e de medidas do Congresso para reduzir o apetite descomunal dos traficantes e dos assaltantes.
 
Através das pesquisas o povo demonstrou que não topa criminoso de qualquer idade e que tanto os da nova e velha guarda devem ter o mesmo tratamento. Matou, assaltou, traficou e estuprou: cadeia.
 
É preciso que o combate sem trégua aos escorregões graves na economia atinja o mesmo patamar das pesquisas sobre violência no país. Há algum tempo estavam quase empatadas.
 
Eis os resultados do  mata a cobra e mostra o pau para evitar a pecha de cascata ou de posições ideológicas conservadoras, de direita ou de extrema-direita:
 
Antes da aprovação pela Câmara  da redução da maioridade penal de 18 para 16,  a empresa Vertude, de SP, realizou uma pesquisa de opinião em âmbito nacional. O resultado mostrou que 83,9% dos brasileiros são a favor e apenas 16,1% dos entrevistados, contrários.
 
São Paulo, Minas e Rio apresentaram os seguintes resultados: 85,71%,  82,95% e 82,75. O mais radical foi Mato Grosso, com o índice de aprovação em 87,84. O resultado da pesquisa nos estados variou de 80 a 87%.
 
A amostragem realça o que a população pensa a respeito da investida desses marginais. E como dizia o saudoso governador Roberto Silveira, a “voz do povo é a voz de Deus” .
 
Os deputados, portanto, agiram em consonância com a vontade popular e não podem ser rotulados com qualquer adjetivo pela turma perdedora.
 
Aqui em Niterói o comandante da 12º Batalhão da Polícia Militar, coronel Fernando Salema, não está dando refresco aos marginais. Está numa marcação cerrada,  não deixando os bandidos a pé ou motorizados respirar.
 
 A população está vendo agora a presença do policiamento intensivo e presente em todos os cantos da cidade, o que deve estar deixando nervosos e acuados os marginais de todas as idades.
 
O quadro é esse sem tirar nem pôr.
 
Aliás, a população brasileira não quer dar uma de boazinha a tudo que possa contribuir  para o aumento da criminalidade. Não quer entendimento mamão com açúcar.
 
Lá no Supremo está em analise a descriminalização da droga que, caso aprovada, vai facilitar o surgimento de milhares de traficantes varejistas vendendo o produto nocivo à saúde e fatal ao coração.
 
O resultado da pesquisa do Ibope em 2014 mostra que 79% dos eleitores brasileiros são contra a legalização do consumo de entorpecentes. Em resumo: praticamente quase todo  brasileiro é contra e prega com rigor o combate à criminalidade. 
 
Já está de saco cheio.
 
*Antonio José Barbosa da Silva é presidente da OAB/Niterói.
Artigo publicado no jornal O Fluminense, em 28 de agosto de 2015.
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