No dia em que os 25 desembargadores mais antigos do Tribunal de Justiça do Rio decidiriam se houve ou não fraude no concurso para juízes de 2008, o representante do Ministério Público pediu a extinção do processo. O subprocurador-geral de Justiça do Rio, Antonio José Campos Moreira, alegou que não havia legitimidade na denúncia do Ministério Público já que ela foi elaborada por promotores e não pelo procurador-geral, Cláudio Lopes. Nos dez volumes do caso, há acusações contra dois desembargadores, sete juízes (aprovados no concurso) e quatro advogados. Dois dos juízes acusados são filhos dos desembargadores suspeitos. No processo, há acusações de falsificação de documentos, estelionato e tráfico de influência. Suspeita-se que gabaritos das provas tenham sido passados a candidatos. O pedido surpreendeu a OAB do Rio. "Essa decisão foi lamentável porque envolve a imputação de ter havido irregularidades no concurso. Ainda acho estranha a postura do subprocurador", afirmou Wadih Damous, presidente da seção do Rio. Campos Moreira pediu a extinção do caso depois que 11 desembargadores decidiram que o Órgão Especial do TJ deveria julgar o caso. O pedido revoltou os promotores que assinaram a denúncia. Advogados dos acusados deixaram a corte comemorando.