04/08/2011 - 11:20

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Prefeito de Teresópolis recorre de afastamento

Do Jornal do Commercio

Após ser afastado do cargo, o prefeito de Teresópolis, Jorge Mario Sedlacek (PT), entrou com mandado de segurança para anular a decisão da Câmara Municipal, que aprovou o seu afastamento por 90 dias. Segundo a assessoria de imprensa do prefeito, somente a Justiça poderia fazer isso e, portanto, o ato dos vereadores teria sido ilegal.
 
Os 12 vereadores se reuniram em uma sessão extraordinária na noite de terçafeira e aprovaram por unanimidade o afastamento. Além disso, também foi criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar denúncias de corrupção envolvendo o prefeito. O Ministério Público Federal em Teresópolis abriu três inquéritos para fiscalizar possíveis irregularidades em contratos firmados entre a prefeitura e empresas que participam da reconstrução das áreas devastadas pelas chuvas.
Em janeiro a região foi alvo de fortes chuvas que, por meio de deslizamentos de terra, vitimaram mais de 900 pessoas. A tragédia deixou 392 mortos só no município e mais de 900 em toda a região. As denúncias de irregularidades no município começaram durante a reconstrução das áreas devastadas.
 
Durante a investigação, Sedlacek continuará a receber o salário.
 
Nesse período, o vice-prefeito José Roberto Pereira Pinto assumirá a administração do município. O afastamento poderá ser renovado por mais 30 dias, por duas vezes.

 
Compras

O prefeito é investigado pela aquisição de bens; comprou imóvel na cidade no valor de R$ 450 mil e um carro de valor não declarado. "Já temos em mãos o contrato de financiamento do imóvel pela Caixa Econômica Federal", informou o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara, Marcelo Oliveira.
 
Relatório preliminar da Controladoria Geral da União (CGU) apontou a contratação por R$ 1,5 milhão da empresa RW para a remoção de barreiras e desobstrução das vias após as chuvas. A prefeitura, no entanto, negou que o valor seja esse e diz que os serviços prestados pela RW somam R$ 518 mil.
 
No último dia 18, o Ministério da Integração havia informado que a prefeitura de Teresópolis teria 30 dias para apresentar explicações sobre os indícios de irregularidades no uso de dinheiro público destinado à reconstrução da cidade. O prazo começou a contar a partir da notificação da prefeitura.
 
A CGU recomendou ao ministério o bloqueio dos recursos repassados pela União - que somam mais de R$ 7 milhões - para socorro e assistência às vítimas das chuvas.
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