Foi realizada no Plenário Evandro Lins e Silva da Ordem a palestra Novos repertórios em Justiça restaurativa. O evento, organizado pela Comissão de Justiça Restaurativa (CJR) da OAB/RJ, foi transmitido pelo canal da entidade no YouTube. O plenário fica na Avenida Marechal Câmara, 150, 4º andar, no Centro. A presidente da CJR, Celia Passos, fez a abertura da atividade. “Temos um cenário de violência muito grande, e as praticas punitivas já se demonstram insuficientes. Sabemos que um ambiente hostil não é apropriado para transformar pessoas, então teremos agora no segundo semestre uma programação bem intensa para divulgar e promover espaços de reflexão sobre a justiça restaurativa”, afirmou. O procurador-geral e coordenador das comissões da Seccional, Fábio Nogueira, participou da mesa de abertura, representando a diretoria da casa. “A Ordem continua sendo a voz da sociedade civil organizada. Temos às vezes problemas para marcar todos os eventos na data desejada, o que é um bom problema. O diálogo é um elemento fundante da justiça restaurativa, mas falar em diálogo atualmente é muito difícil. Vivemos um momento em que o discurso do ódio ganha cada vez mais espaço na sociedade. Quem pensa diferente de mim não é meu inimigo, é muito importante que possamos refletir sobre isso, e respeitar as opiniões divergentes. Exercemos aqui cotidianamente, na casa da cidadania, a tolerância”, disse ele. A presidente da Comissão de Mediação de Conflitos, Samantha Pelajo, prestigiou o evento. “Estou aqui como convidada, pela parceria. As práticas restaurativas estariam na nossa comissão, mas na verdade compõem um espaço autônomo e independente, e concluímos que vale a pena ter uma comissão temática. Mas trabalharemos em parceria, nossa filosofia sempre foi a de que juntos somos mais fortes, por uma proposta de diálogo e inclusão”, explicou. O debate tratará dos desafios e dilemas da Justiça restaurativa. As especialistas na área Mônica Mumme e Vivian Gama serão as palestrantes.