22/08/2013 - 10:51 | última atualização em 22/08/2013 - 11:12

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Policial que jogou spray de pimenta em várias pessoas é afastado

reprodução da TV Globo

A Polícia Militar divulgou o nome do policial que usou o spray de pimenta. É Paulo Giovani da Silva, sargento do Batalhão de Choque. Ele foi afastado do trabalho nas ruas para ser avaliado pelo setor de psicologia da PM.
 
O Comando da Polícia Militar do Rio afastou um sargento do Batalhão de Choque que usou spray de pimenta durante um protesto, na noite desta segunda-feira, dia 19. O protesto começou pacificamente em frente à Câmara dos Vereadores, no Centro do Rio. De lá, os manifestantes seguiram para a Assembleia Legislativa.
 
Com o rosto coberto, um grupo formou uma barreira na frente da passeata. Pelo menos 300 pessoas ocuparam as escadarias da Assembleia. A polícia tentou dispersar os manifestantes. Houve tumulto e correria. E alguns vândalos aproveitaram para começar as depredações. Quebraram vidraças de agências bancárias. Tentaram danificar a sinalização pública. Um jovem de 19 anos foi detido, levado para a delegacia e liberado em seguida. Um grupo pequeno seguiu para a Zona Sul, onde houve mais tumulto.
 
Um policial militar discutiu com advogados que acompanhavam o protesto. "Na porta da delegacia vocês são advogados, aqui não", disse. Em seguida, lançou jatos de spray de pimenta em direção a advogados, jornalistas e outras pessoas que estavam por perto. Uma mulher que tentava se proteger também foi atingida pelo PM com jatos de spray de pimenta no rosto. Outro policial disparou balas de borracha.
 
No fim da tarde, a Polícia Militar divulgou o nome do PM que usou o spray de pimenta. É o sargento Paulo Giovani da Silva, do Batalhão de Choque. Ele já foi afastado do trabalho nas ruas e vai ser avaliado pelo setor de psicologia da corporação."Vamos ver no final da sindicância, se vai ser constatado um excesso por parte do policial. A corregedoria vai fazer isso, ouvindo todas as partes pra que a gente possa chegar a um resultado que a gente deseja que é um trabalho de diálogo e transparência", afirmou o relações públicas da PM, o coronel Claudio Costa.
 
Para a OAB/RJ, a polícia cometeu excessos e mostrou despreparo para enfrentar os protestos. "Ela não consegue prender quem tem que prender com competência e na hora da reação acaba atingindo jornalistas, advogados e transeuntes, mostra que não sabe lidar com situações como essa, o que é perigoso para o pais do ponto de vista institucional", comentou o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz.
 
A Polícia Militar não comentou as declarações do presidente da OAB/RJ. O comando da PM anunciou que também vai afastar das ruas o policial que disparou balas de borracha. Ele ainda não foi identificado.
 
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