13/10/2010 - 16:06

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Polícia atua de forma diferente em casos de juiz e de atendente

Polícia atua de forma diferente em casos de juiz e de balconista


Do jornal Extra

13/10/2010 - A Justiça pode até ser cega, mas a Polícia Civil, no Rio, parece que enxerga melhor quando lhe convém. Em dois casos envolvendo inocentes baleados por policiais, a postura investigativa foi muito, muito diferente. No dia 18 de setembro, o estudante e atendente do McDonald's Julio César de Menezes Coelho, de 21 anos, foi baleado e morto por policiais militares na Cidade Alta, em Cordovil. Alegou-se que ele era traficante. Não era. A família ainda espera por justiça. No último dia 2, o juiz Marcelo Alexandrino da Costa Santos, de 39, desconfiou de uma blitz por policiais civis. Os três sobreviveram. E, neste caso, a justiça não tardou nem falhou.

Os dois policiais civis que participaram da blitz já foram indiciados por tentativa de homicídio contra o magistrado. Já os PMs envolvidos na morte de Julio César continuam trabalhando, mesmo que internamente. A rapidez no exame de balística nas armas dos policiais que atiraram contra o juiz também deveria servir de exemplo para o caso do rapaz. Em menos de cinco dias, a polícia obteve o resultado. Vinte e cinco dias após a morte de Julio César, a 38ª DP (Irajá), responsável pelo caso, ainda a não conseguiu o exame.

A postura da Polícia Civil em também foi exemplar no caso do juiz. O chefe Allan Turnowski visitou o magistrado no hospital e deu entrevista coletiva à imprensa. Tudo em menos de três dias. A família de Julio César ainda aguarda um pedido de desculpas da PM.

O coronel Lima Castro, relações públicas da PM, informou que o comando da corporação ainda não estuda nenhum pedido de desculpas à família do jovem.

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