14/03/2016 - 12:00

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PM usa aplicativo para combater a criminalidade no Rio

jornal O Dia

Entre emojis e dois tiques, o WhatsApp também é utilizado no combate à criminalidade. Pelo menos sete batalhões da Polícia Militar do Rio aderiram ao aplicativo. Ele serve de instrumento de interação online com a população e tem facilitado muito o trabalho dos policiais.

Da Zona Norte à Zona Sul, denúncias, muitas delas com fotografias e vídeos, culminam na prisão de criminosos e até ajudam a planejar o policiamento em pontos cobertos pelo batalhão. A aposentada Maria das Graças Melo, 65 anos, aprova a iniciativa do 18º BPM (Jacarepaguá), que cobre o bairro onde mora, na Freguesia. "Já pegaram ladrões logo depois do ataque. Também é interessante quando precisamos de reforço policial", elogia dona Graça.
 
Estreante no aplicativo, o tenente coronel Sergio Barbosa, que comanda o 16º BPM (Olaria) está confiante na ferramenta. "O WhatsApp pode atender as vítimas que não chegam a registrar furtos, por exemplo, na delegacia", analisa. "O aplicativo também oferece a possibilidade do envio de provas documentais como fotos e vídeos, além de ser tão instantâneo quanto uma ligação. Noto que há menos trotes, já que o número telefônico fica ali registrado", defendeu ele.
 
As informações repassadas por meio do app serão usadas também pela Polícia para traçar a mancha criminal da região, junto com as estatísticas oficiais.
 
O tenente-coronel Jorge Fernando Pimenta, comandante do 41º BPM (Irajá), disse que a troca de mensagens via WhatsApp já é indispensável para a investigação de crimes como roubo de cargas e homicídios. "Nós ainda não temos um número de WhatsApp central, mas há vários grupos por onde recebemos diretamente as denúncias da população", disse o militar. "É uma conexão direta com associações de moradores, direções de escolas. Ela ajuda muito o nosso trabalho porque dá dinâmica, permite difusão de fotos de criminosos e nos aproxima da população", afirmou.
 
Botafogo e Copacabana também aliaram a tecnologia para conter desde arrastões até ações dos chamados justiceiros (grupos de moradores que violam a lei atacando criminosos). A divulgação é permanente em grupos de outras redes sociais, como o Facebook.
 
Segundo o presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães, a conexão via WhatsApp entre moradores e a PM em Copacabana deixou o policiamento mais ágil . "A informação em tempo real é de suma importância. Quando recebemos alguma denúncia já repassamos direto para o WhatsApp do comandante", contou Horácio. "O aplicativo é um aliado, pois o batalhão está com efetivo reduzido e assim otimizamos os poucos recursos", completou o presidente.
 
No 2º BPM (Botafogo), a ideia foi adotada de vez e até uma personagem virtual, a Joana Paes (que também já se chamou Joana Inteligência) nasceu para melhoria do vínculo da corporação com os denunciantes. "Disponibilizamos em tempo real, com, inclusive, prestação de contas aos moradores", contou o comandante Ricardo Naldon. "A ideia tem provocado um efeito positivo para todos os envolvidos. A população acompanha nosso trabalho pelo aplicativo até de madrugada. E já são muitos os que acordam para nos elogiar", comemorou o militar.
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