29/06/2013 - 15:25 | última atualização em 01/07/2013 - 01:52

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PM pede presença da OAB/RJ em manifestações de domingo

redação da Tribuna do Advogado

O comandante-geral da Polícia Militar, Erir Ribeiro, encaminhou ofício nesta sexta-feira, dia 28, para o presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, solicitando a presença da OAB/RJ junto ao Batalhão de Choque neste domingo, dia 30, durante as manifestações programadas para ocorrer no entorno do Maracanã, onde será realizada a final da Copa das Confederações. O objetivo, segundo o documento, é viabilizar "o exercício da cidadania por parte da sociedade via presença desta autarquia".
 
A solicitação, feita também ao Ministério Público (MP) e à Defensoria, foi recebida por Felipe como uma mudança de postura da Polícia, muito criticada pelo uso da violência e por detenções arbitrárias nas passeatas que, desde meados de junho, vêm sendo realizadas na cidade.
 
Houve uma mudança da postura da autoridade pública ao pedir a fiscalização da OAB/RJ, do MP e da Defensoria. Devemos elogiar tal iniciativa
Felipe Santa Cruz
presidente da OAB/RJ
 
"Noto que houve uma mudança da postura da autoridade pública ao pedir a fiscalização da OAB/RJ, do MP e da Defensoria. Devemos elogiar tal iniciativa, reafirmando nosso compromisso com a paz", afirma o presidente da Seccional, que indicou os presidentes das comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública, Marcelo Chalreo e Breno Melaragno, respectivamente, para acompanhar a situação.
 
Estão previstas duas manifestações neste domingo, com concentração às 9h e às 14h na Praça Saens Peña, na Tijuca. As reivindicações vão desde o fim da privatização do Maracanã à instalação do passe livre nos transportes públicos. Criminialização dos movimentos sociais, democratização dos meios de comunicação e desmilitarização da Polícia também estão na pauta dos manifestantes.
 
A OAB/RJ tem acompanhado os protestos desde o início e montou um plantão para atender aos manifestantes detidos de forma arbitrária. Na última semana, promoveu um ato pela reforma política, a partir do qual foi criado um comitê que conta com a participação de cientistas políticos, advogados, professores e representantes de entidades ligadas à sociedade civil.
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