A análise do caso da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) - o grupo de concessão de infraestrutura que é responsável por mais de 2 mil quilômetros de rodovias nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná - foi o principal assunto da palestra sobre transação com partes relacionadas, que aconteceu nesta quarta-feira, dia 28, na sede da OAB/RJ. O evento gratuito foi organizado pela Comissão de Mercado de Capitais da Seccional, em parceria com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). "Trataremos neste evento, dentre outros, do tema das transações entre partes relacionadas, que é um tema extremamente relevante para as companhias atualmente", anunciou o presidente da Comissão de Mercado de Capitais da OAB/RJ, Igor Muniz. Representante do IBGC, João Laudo Camargo lembrou que a entidade já realizou outros eventos em parceira com a Ordem e sublinhou a importância da discussão. A CCR foi a primeira empresa que, em 2002, aderiu ao novo mercado. Como a experiência mostra, a transação entre partes relacionadas pode, algumas vezes, ser usada para causar danos às companhias, por isso merece nossa atenção", afirmou Camargo, que também é ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ambos foram os mediadores da palestra. Os debatedores convidados - o advogado Luiz Alberto Rosman, a diretora da CVM Ana Novaes e o diretor jurídico do grupo CCR, Marcus Senna - abordaram ainda questões como as relações entre o controlador de uma sociedade e a sua controlada, problemas inerentes às sociedades anônimas, conflito de interesses e assimetria de informações.