Desde 2009, a pedido da OAB/Santo Antônio de Pádua, os juízes da 1ª e da 2ª varas da comarca tornaram facultativo o uso de terno e gravata em suas serventias durante o verão. De acordo com o presidente da subseção, Adauto Furlani, a iniciativa é uma tentativa de amenizar os efeitos do clima, que "beira o insuportável nesta época do ano". No Rio, o juiz João Batista Damasceno expandiu a decisão a qualquer época do ano "Com o consentimento da diretoria do Fórum de Santo Antônio de Pádua conseguimos a ressalva ao uso do terno e gravata nesta época. Este é o quinto verão em que os advogados de Pádua ficam liberados para usarem calças e camisa social. Recentemente vi que outros dois magistrados do estado adotaram esta campanha, uma pena que os demais ainda não tenham se sensibilizado com esse pedido da advocacia", comentou Furlani. O juiz Marcelo Borges Barbosa, da Vara Única de Mangaratiba, na Costa Verde, e o magistrado João Batista Damasceno, titular da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões da capital, aderiram à campanha proposta pela OAB/RJ e deixaram a critério dos advogados o uso do terno. No Rio, Damasceno foi além e expandiu a decisão a qualquer época do ano. "Não vou limitar a dispensa do uso de paletó e gravata ao período de verão. Fica a critério do profissional escolher a vestimenta, pois não há lei que obrigue o uso do paletó e da gravata para os advogados. Nada justifica o uso de roupas tão pesadas no âmbito do Poder Judiciário. A saúde é um direito de todos e isso deve ser preservado. O traje não atrapalha o funcionamento da Justiça", disse o juiz à Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio (Caarj).