08/02/2012 - 10:55

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Outro ataque perto da Ilha do Cedro, em Paraty

O Globo

A administração da Marina 188, em Paraty, confirmou a invasão de um iate de 50 pés que fica sob seus cuidados. Segundo o administrador Leonardo Souza, o ataque foi no início de janeiro e aconteceu de forma bastante semelhante ao assalto ocorrido na embarcação de um médico de Ubatuba, no último dia 20. As duas lanchas estavam fundeadas nas proximidades da Ilha do Cedro, na Baía de Paraty, e foram alvo de um bando - que pode ser o mesmo - por volta das 2h.

O dono da embarcação da Marina 188 é um empresário paulista que, de acordo com o administrador, não registrou queixa por temer represálias. A marina garante que, no dia seguinte ao ataque, notificou a Capitania dos Portos e a Polícia Civil, pedindo mais policiamento.

"O proprietário pediu que não divulgássemos mais detalhes para preservar a segurança dos seus familiares. Ele estava dormindo no iate junto com a família no momento do ataque. Três homens encapuzados se aproximaram da embarcação e renderam o marinheiro, por volta das 2h da madrugada. Em seguida, os bandidos agrediram a família e fizeram várias ameaças até as 4h da manhã. No dia seguinte, o cliente nos comunicou a violência e, imediatamente, notificamos as autoridades", afirmou Leonardo Souza, acrescentando que pediu aos donos dos iates no estabelecimento que evitassem pernoitar nas proximidades da Ilha do Cedro e, caso decidissem dormir no mar, que não se afastassem do continente.

O delegado titular da 167ª DP (Paraty), Hermano Rocha, disse ontem que apenas o médico de Ubatuba registrou queixa até agora. Ele afirmou que ainda não conseguiu ouvir os tripulantes e que, se for necessário, tomará os depoimentos por carta precatória. Ele tem procurado testemunhas e histórias sobre ataques do mesmo gênero, na Praia de São Gonçalinho, a mais próxima do local do assalto.

"Peço também, caso sejam confirmados os outros casos, que os proprietários das embarcações compareçam à delegacia para fazer o registro", disse o delegado.

As duas únicas lanchas do Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM) da Polícia Militar da região não estão sendo usadas no patrulhamento da Baía da Ilha Grande. As embarcações - que foram confiscadas pela Jutiça e doadas à PM para serem usadas na fiscalização - estão fundeadas na Marina Verolme. Por meio de sua assessoria, a PM alegou que as lanchas pertencem hoje à Universidade Federal Fluminense (UFF) já que não eram adequadas para o serviço. A UFF disse desconhecer o fato e a Marina Verolme afirmou que guarda dois barcos para a Polícia Militar.

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