10/04/2013 - 09:14 | última atualização em 10/04/2013 - 09:22

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Ossada de possível vítima da ditadura militar é exumada

Jornal O Globo

O Ministério Público Federal e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos exumaram ontem, no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio, o que seriam os restos mortais do guerrilheiro Alex de Paula Xavier Pereira, assassinado em janeiro de 1972, aos 22 anos, pelo DOI-Codi de São Paulo.
 
A versão dos militares era de que militante teria sido assassinado em um tiroteio, após acidente de trânsito
A versão dos militares era de que Alex teria sido assassinado em um tiroteio, após acidente de trânsito. Em 1996, porém, o governo federal concluiu que ele foi torturado, morto e enterrado como indigente, no Cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus (SP). O local era utilizado para enterrar vítimas do regime. Em 1980, uma ossada foi transferida pela família para o Rio como sendo de Alex.
 
Os supostos restos mortais estavam enterrados juntamente com os o irmão dele, Iuri Xavier Pereira, executado no mesmo ano. Os peritos da Polícia Federal retiraram as duas ossadas. Os materiais recolhidos serão comparados após ser feito um exame de DNA. Só assim será possível identificar ou não o guerrilheiro.
 
"Não há prazo para divulgar o resultado. Recuperamos a arcada dentária do Alex. Mas o que determinará o prazo será a condição da matéria orgânica encontrada", afirmou Gilles Gomes, da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
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