31/08/2016 - 13:17

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Olimpíadas: Seminário discute legado no campo da infraestrutura

redação da Tribuna do Advogado

Dez dias depois do término das Olimpíadas, a Comissão de Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico da OAB/RJ (Cide) promove um debate sobre o legado deixado para a cidade do Rio de Janeiro, principalmente no âmbito da infraestrutura. O seminário começou na manhã desta quarta-feira, dia 31, e se estende durante todo o dia.

A presidente da Cide, Luciana Levy, explicou na abertura que o seminário foi idealizado antes das Olimpíadas. “Ainda era uma incógnita se daria certo”, declarou, à respeito da realização da competição no Rio. Ela afirma que, mais do que ser um sucesso, a sociedade cobra que grandes eventos deem retorno: “Benefícios para a cidade são exigidos, principalmente por que foram utilizados investimentos públicos".

Para Luciana, o principal ganho foi em relação a transporte e mobilidade urbana. “Além da revitalização da Região Portuária e das áreas ao redor do Engenhão e de Deodoro. Independentemente dos problemas, temos uma cidade de cara nova”, avaliou. Ela lembrou que ainda existem indefinições, como a destinação futura do espaço do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, e a integração entre os modais. “Convidamos, portanto, agentes públicos e privados para entendermos como podemos olhar o futuro e extrair oportunidades de infraestrutura”. 
 
Também fizeram parte da mesa de abertura o vice-presidente da Cide, Fernando Marcondes e o membro da Comissão Especial do Legado Olímpico Luiz Américo de Paula Chaves.
 
Início das atividades

Meio ambiente, saneamento básico, transporte e revitalização urbana foram os temas do primeiro painel do dia, que contou com a participação do secretário municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Muniz; do membro da Cide, Márcio Pereira e do presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB/RJ, Flávio Ahmed.
Muniz afirmou que o principal objetivo da organização dos Jogos era promover uma transformação na cidade. Ele citou a revitalização da Região Portuária como exemplo: “Provavelmente não teríamos feito o porto se não tivéssemos ganhado [o direito de realização] as Olimpíadas. O mesmo vale com relação ao transporte e à mobilidade urbana”.

Segundo ele, o legado já existe, mesmo que nem tudo tenha sido finalizado. Muniz citou a despoluição da Baía de Guanabara, observando que, por mais que não esteja totalmente despoluída, o cenário já melhorou. “O problema da Baía é complexo. Nós desativamos o Aterro de Gramacho, que estava à beira da Baía, e hoje estamos vendendo o metano que ali está e que iria para a atmosfera se nada tivesse sido feito. Já é uma grande mudança”.

Para Ahmed, a revitalização da Região Portuária do Rio é um dos grandes trunfos da realização dos Jogos Olímpicos na cidade. Mas, segundo ele, é preciso promover um trabalho permanente de ocupação e uso da região. “É preciso a implementação de políticas públicas, em que a gente pense qual é a cidade que queremos continuar construindo”, disse.

O evento continua durante todo o dia e ainda vai discutir o que ainda pode ser feito e a questão da sustentabilidade financeira dos projetos de infraestrutura. O canal da OAB/RJ no YouTube transmite o seminário ao vivo.
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