16/12/2011 - 13:02

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OAB/RJ terá grupo para acompanhar Comissão da Verdade

redação da Tribuna do Advogado

No ano que está prestes a se iniciar, a Seccional vai ajudar a dar efetividade à sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos que condenou o Estado brasileiro, em dezembro de 2010, a investigar e processar os responsáveis pelo desaparecimento forçado de pessoas na Guerrilha do Araguaia, no começo dos anos 70. E, em colaboração independente à Comissão da Verdade, aprovada pelo Congresso Nacional, a OAB/RJ está constituindo um grupo de trabalho para também colher informações.

O anúncio foi feito na noite de quinta-feira, 15, pelo presidente da Seccional, Wadih Damous, ao participar de ato na Associação Brasileira de Imprensa em homenagem ao centenário de nascimento de Carlos Marighella, assassinado numa emboscada de agentes da repressão política em 1969.

“Vamos afirmar o cumprimento da decisão da Corte, e também queremos dar consequência e efetividade à Comissão da Verdade. Já estamos criando um grupo para auxiliar seus trabalhos”, afirmou Wadih, depois de criticar, mais uma vez, a decisão Supremo Tribunal Federal que considerou anistiados os torturadores, “num episódio triste da história do Judiciário”.
 
O presidente da OAB/RJ fez questão de lembrar advogados que desceram aos porões ditadura para defender presos políticos, citando Sobral Pinto, Eny Moreira, Evaristo de Moraes, Evandro Lins e Silva e outros defensores que se alinharam à luta pelo retorno ao Estado Democrático de Direito.

O evento, aberto pelo presidente da ABI, Maurício Azêdo, contou com a presença de Carlos Augusto Marighella, filho do líder guerrilheiro, de ex-companheiros e dirigentes do PCB e da Ação Libertadora Nacional, de organizações de defesa dos direitos humanos, de parlamentares e de membros da OAB, como o conselheiro federal Marcus Vinicius Cordeiro. Antes da abertura, foi exibido o filme Marighella - Quem samba fica, quem não samba vai embora, do cineasta argentino Carlos Pronzato.


 
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