17/05/2012 - 09:39

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OAB/RJ rebate críticas a advogada na Comissão da Verdade

redação da Tribuna do Advogado

O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, rebateu, nesta quinta-feira, dia 17, as críticas de militares inconformados com a indicação para a Comissão da Verdade da advogada que defendeu a presidente Dilma Rousseff durante a ditadura militar. "O fato de Rosa Maria Cardoso da Cunha ter atuado em defesa da então presa política Dilma Rousseff não é sinônimo de falta de isenção". E completou: "Dos militares, o que se espera é colaboração, e não hostilidade a este momento tão importante da história do Brasil".
 
O presidente da OAB/RJ em cerimônia de nomeação da Comissão em Brasília           Foto: Eugênio Novaes
Rosa Maria defendeu vários presos políticos, o que, segundo Wadih, daria a ela o conhecimento e o acesso a fatos pessoais relativos ao período. Sobre os demais nomes que compõem, deste esta quarta-feira, dia 16, a Comissão, ele destacou o fato de muitos serem provenientes de governos anteriores, dando pluralidade do grupo.
 
Rechaçando o revanchismo, ele considerou descabidas as dúvidas sobre o foco das apurações a serem conduzidas pelo núcleo e ressaltou as dificuldades de se investigar em dois anos - e com apenas sete pessoas - as torturas e os desaparecimentos de militantes políticos que se opunham ao regime militar.
 
"Há sombras demais, vácuos de informação sobre aqueles tempos sombrios. Serão necessários o apoio e a colaboração da sociedade para que o resultado final traga alguma justiça ou satisfação a tantas famílias de perseguidos políticos que pagaram caro por sua luta em prol das liberdades democráticas", disse.
 
Por fim, o presidente da OAB/RJ destacou o compromisso institucional Ordem do Rio em favor do pleno conhecimento dos fatos ocorridos na ditadura e concluiu: "Continuaremos a empenhar esforços para que um dia possamos enfim promover a verdadeira reconciliação nacional".
 
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