Uma comitiva integrada por membros da OAB/RJ e pelo ministro-chefe da secretaria da Aviação Civil, Moreira Franco, realizou nesta sexta-feira, dia 6, uma vistoria ao aeroporto de Jacarepaguá, cujo intenso tráfego aéreo, especialmente de helicópteros, vem sendo fruto de diversas reclamações de moradores locais. “Entendemos que essa intensa movimentação aérea em uma região tão habitada como esta, sem dúvida nenhuma causa transtornos para a população”, observou o tesoureiro da Seccional, Luciano Bandeira, que liderou o grupo formado também pelos presidentes das subseções da Barra da Tijuca, Ricardo Menezes, e de Maricá, Amilar Dutra, e pelo coordenador das comissões da OAB/RJ, Fábio Nogueira. Em novembro, durante reunião oficial, o presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, apresentou ao ministro relatos sobre a poluição sonora provocada pelo aumento constante do tráfego aéreo, além da inexistência de vôos de jatos com destino a pontos fora do estado, que, segundo ele, obriga os moradores da região, localizada na Zona Oeste da cidade, a ter que buscar esse serviço no Santos Dumont (Zona Sul) ou no Galeão (Norte). "A região é muito ativa economicamente e precisa ao menos de vôos para São Paulo e Brasília", destacou Felipe, na ocasião. Segundo Moreira, o controle de ruídos do terminal aéreo é rigoroso, mas o aumento do número de vôos de helicóptero é preocupante: “Mais de 70% da operação deste aeroporto é de helicópteros que servem as plataformas. Por isso vamos procurar a Petrobras para saber qual é a taxa de crescimento proposta para as atividades do pré-sal. Se ela não for razoável para uma comunidade densamente habitada como esta, teremos que encontrar um terreno mais adequado para a construção de um heliporto”, disse ele, durante a vistoria.