24/08/2016 - 11:54 | última atualização em 30/08/2016 - 12:52

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OAB/RJ exibe longa Menino 23 e debate reparação do trabalho escravo

redação da Tribuna do Advogado

Lançado em 2016 em coprodução entre a Globo Filmes, a Giros e a GloboNews, o documentário Menino23 vem chocando espectadores por mostrar um passado de flerte com o nazismo que o Brasil se esforça para esquecer e o legado de uma cultura racista que o país também se esforça para esconder.
 
O filme acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar sobre os tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo. A partir deles, Aguilar descobre que, durante os anos 1930, cinquenta meninos negros e mulatos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados. Lá, passaram a ser identificados por números e foram submetidos ao trabalho escravo por uma família que fazia parte da elite política e econômica do país, e que não escondia sua simpatia pelo ideário nazista. Aos 83 anos, dois sobreviventes dessa tragédia brasileira, Aloísio Silva (o “menino 23”) e Argemiro Santos, assim como a família de José Alves de Almeida, revelam suas histórias pela primeira vez.
 
O tema do documentário será desdobrado no evento sobre a reparação da escravidão negra e o trabalho escravo que será realizado no próximo dia 30, na sede da OAB/RJ. O debate contará com a presença de nomes como a desembargadora Ivone Caetano, o professor Júlio Tavares e o coronel da Polícia Militar Jorge da Silva, todos membros da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil do Conselho Federal da OAB. O militante histórico da luta contra o racismo Yedo Ferreira também estará presente. O mediador será o presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, criada pelo Conselho Federal, Humberto Adami. 
 
O evento, que começará às 18h e é aberto ao público, terá exibição do longa, com a participação do diretor Belisário Franco e da roteirista Bianca Lenti.
 
A realização é uma parceria entre o Centro de Documentação e Pesquisa da OAB/RJ, a Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil e o Conselho Federal. Para os estudantes de Direito, serão atribuídas 3 horas de estágio pela participação.
 
Mais informações pelo email [email protected] ou pelos telefones (21) 2272-2055 / 2057.
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