A OABRJ exibiu, na tarde de terça-feira, dia 4, o documentário sobre quilombos na Amazônia “Lutamos por esta terra" (2023), dos diretores do Reino Unido Cahal McLaughlin (professor na Queen´s University Belfast) e Siobhán Wills (professora de Direito na Ulster University), sobre as comunidades quilombolas e indígenas Ka’apor, num evento realizado pelo Centro de Documentação e Pesquisa e pela Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da Seccional. O comando do encontro foi do diretor do Centro de Documentação e Pesquisa da OABRJ, Aderson Bussinger Carvalho, e teve a presença dos realizadores do longa-metragem. A mesa contou ainda com a participação da historiadora e autora do Livro “Quilombo na Serra do Mar: A ousadia de lutar pela liberdade”, Renata Azevedo L. Lira; e da cineasta Anna Carvalho Diamante. “É muito essencial frisarmos a importância de iniciativas como esta e o esforço que a Ordem vem realizando na defesa dos povos quilombolas e indígenas. Embora seja um trabalho árduo e demorado, é fundamental para que possamos sedimentar o caminho para atuarmos efetivamente em prol dessas comunidades que são perseguidas constantemente”, afirmou Aderson. "Esta atividade sobre quilombos e a violação sistemática de seus direitos constitucionais soma-se à diretriz da Seccional, comandada por Luciano Bandeira e Ana Tereza Basilio, de ter sempre em pauta a promoção da igualdade racial e os demais direitos sociais de negros, indígenas e quilombolas". Siobhán Wills também reforçou o impacto de discussões como a que foi proposta no evento para o futuro do meio ambiente e da sociedade. “Essas comunidades compartilharam suas histórias, suas dores e nos mostram a importância do cuidado ambiental. O modo como a maioria de nós vive hoje está destruindo o nosso planeta e essas pessoas que vivem nessas regiões estão focadas em preservá-lo, então temos muito a aprender sobre como nos engajamos nessa luta pela preservação". Os integrantes abordaram as questões levantadas pelo documentário, principalmente a forma com que as lideranças dos grupos quilombolas e indígenas relataram, de forma intensa, as inúmeras formas de violência que, infelizmente, são vividas diariamente, marcadamente a invasão das terras e as agressões físicas.