O secretário-geral da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da OABRJ, Lucas Rocha, e o integrante da comissão Jairo Magalhães estiveram, na manhã de sexta-feira, dia 12, na Delegacia de Homicídio da Capital (DHC) para solicitar acesso a peças de inquéritos arquivados durante a gestão dos delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages. O inspetor de polícia encarregado de receber a dupla de representantes da CDHAJ informou que o delegado titular não se encontrava no local. Um novo encontro foi agendado para o decorrer da próxima semana. Em abril, a CDHAJ oficiou à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e à própria DHC solicitando que fossem informados quantos e quais foram os inquéritos policiais inconclusivos e/ou arquivados no período. Os ofícios da Ordem não foram respondidos. Barbosa comandou a DHC até 13 de março de 2018 (véspera do assassinato de Marielle Franco e do motorista da vereadora, Anderson Gomes), quando foi empossado no cargo de secretário de Polícia Civil. Na manhã seguinte à morte de Marielle e Anderson, o delegado Giniton Lages foi escolhido por Barbosa para ser titular da DHC, que teria a atribuição de investigar o crime. Investigações da Polícia Federal apontam uma suposta adoção de estratégias para dificultar a conclusão da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro do caso que apura os mandantes dos homicídios de Marielle e Anderson.