Há mais de um mês um vereador de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, é investigado por fazer empréstimos em nome de funcionários da Câmara para pagar dívidas da campanha eleitoral. Apesar disso, até hoje a Comissão de Ética não começou a trabalhar no caso. O motivo seria a troca do comando da comissão. A OAB/Petrópolis e ONGs que defendem a ética na política reclamam dessa demora. O inquérito policial contra o vereador Dudu (PSDC) foi confirmado há um mês, mas o legislativo municipal não começou a investigação paralela. O vereador nega as acusações. Último presidente da Comissão de Ética, o vereador Márcio Muniz (PSC), renunciou por motivos de saúde. Wagner Silva (PPS) já foi anunciado como novo líder da comissão. “A mesa vai enviar novamente o pedido da OAB que chegou até a casa. Também existe um pedido do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro. Ambos serão encaminhados à Comissão de Ética para que se avalie e se faça o trabalho que deve ser feito”, afirmou Paulo Igor Carelli, presidente da Câmara de Petrópolis. Para a OAB de Petrópolis, a falta de apurações na Câmara da cidade é antidemocrática. "Ninguém está imune a uma apuração, então, se a Câmara não faz isso, ela fica numa posição delicada perante o sistema jurídico, político e perante a opinião pública”, afirma Hebert Cohn, presidente da subseção. O movimento Ética na Política, formado por vários órgãos da sociedade petropolitana, recolheu duas mil assinaturas pedindo mais rapidez e transparência no processo. A investigação da Delegacia Fazendária no Rio corre sob sigilo. Já na Câmara, a Comissão de Ética aguarda a convocação da Corregedoria para iniciar os trabalhos.