09/04/2014 - 09:51

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OAB/Méier teme violência na desocupação da Favela da Telerj

jornal O Dia

Ainda não há data para a desocupação da Favela da Telerj. Nada ficou decidido após a audiência realizada na tarde de ontem, no Fórum do Méier, que contou com o comandante do 3º BPM (Méier), Ivanir Linhares Fernandes Filho; representantes do estado; do município; Defesa Civil; Corpo de Bombeiros; OAB; e moradores da ocupação, além da Oi, empresa dona do terreno. Membros da PM saíram do local sem dar declarações para a imprensa.
 
Presidente da 55ª subseção da OAB/RJ, Humberto Cairo esteve no encontro e disse temer uma ação violenta da PM. Informou ainda que o comando do 3ºBPM disse não ter "tempo hábil para desocupar a área". "Me parece que não há interesse em fazer a desocupação amigavelmente. As pessoas devem sair de lá com a presença do Batalhão de Choque", disse Cairo, ciente da possibilidade de conflito. "O representante da PM disse que se a polícia chegar lá e jogarem um vaso sanitário sobre ele, haverá uma reação", indicou.
 
Uma das representantes dos moradores no encontro era Perla Soares, que saiu do Morro do Arará, na Zona Norte, onde pagava R$ 600 de aluguel, com os quatro filhos. "Claro que todos reagiram mal à falta de compromisso do governo. Vamos esperar", resumiu Perla. Segundo o representante da OAB, a entidade sugeriu que estado e município pagassem o aluguel social para os moradores da favela. "Jogaram a responsabilidade para Oi, que é a dona do espaço", frisou Cairo. De acordo com ele, outra reunião deve ser realizada entre OAB e PM. À noite, uma assembleia foi realizada na ocupação.
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