31/05/2016 - 11:36 | última atualização em 06/06/2016 - 18:47

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OAB Mulher vai participar da campanha Justiça pela paz em casa

redação da Tribuna do Advogado

Pela primeira vez, a OAB/RJ, através da Comissão OAB Mulher, irá participar da campanha Justiça pela paz em casa, coordenada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lucia. A iniciativa foi tema da reunião ampliada da comissão, que aconteceu nesta segunda-feira, dia 30 de maio, no Salão Nobre da entidade.
 
Iniciada em 2015 e realizada nacionalmente, a campanha visa a dar celeridade aos processos que têm como objeto a violência de gênero, priorizando audiências, júris, sentenças e despachos em que as vítimas são mulheres.
 
Com o convite feito pelo STF à OAB Federal, a Seccional participará da campanha através da distribuição de questionários às advogadas, para realizar um mapeamento desse tipo de violência. “Parece que o Conselho Federal declarou este o ano da mulher advogada com muita sensibilidade. Acho que o momento atual é uma encruzilhada para as questões da mulher, de muita transformação”, afirmou o presidente da Ordem, Felipe Santa Cruz.
 
Os resultados tabulados serão enviados ao Conselho Federal, que remeterá então o conteúdo ao STF. “Vamos trazer experiências da realidade, levantar quais os trabalhos acadêmicos que tratam do tema, para realizar um estudo mais profundo. Buscaremos também uma aproximação com a Delegacia da Mulher, com os mecanismos que já existem, para reunir os dados”, disse a presidente da Comissão OAB Mulher, Daniela Gusmão.
 
“Quando a ministra Carmen Lucia convidou a Ordem, ela transformou o modo como a entidade participava desses espaços junto ao Judiciário. Agora somos parte dessa campanha, somos instrumentalizadoras. Como podemos ajudar, como advogadas, essa iniciativa?”, acrescentou Daniela, ressaltando que “é importante utilizar as redes que já existem, unir a da advocacia com a da assistência social, da psicologia” para não precisar criar novas estruturas. Na reunião, também foi discutida a organização das comissões de mulheres advogadas em cada subseção, entre outros assuntos.
 
A juíza Adriana de Mello, do Tribunal de Justiça, apresentou aos presentes a proposta da Justiça pela Paz em Casa. “Começamos no ano passado, com foco na Lei Maria da Penha e nos homicídios de mulheres. Todos os tribunais aderiram à campanha. Podemos realizar eventos de sensibilização em conjunto, para que advogados e advogadas possam se especializar mais nas questões de gênero. Que a Ordem possa levar a campanha até as pessoas mais vulneráveis socialmente. A mulher com conhecimento jurídico é mais forte”, defendeu.
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