15/05/2013 - 10:03 | última atualização em 15/05/2013 - 18:13

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OAB lidera ato por revisão de dívidas dos estados

jornal Brasil Econômico

Lideradas pelo presidente nacional da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, mais de 80 entidades da sociedade civil participam hoje, a partir das 14h, em Brasília, de ato público pela revisão da dívida dos estados e municípios com o governo federal. Levantamento feito pelas entidades mostra que, em 1999, a dívida de estados com a União era de R$ 93 bilhões. Desde então, eles já pagaram R$ 158 bilhões. Mesmo assim, em fevereiro de 2013, o saldo devedor chegou a R$ 396 bilhões.
 
"Hoje nós temos um padrão de juros e correção monetária muito distinto da época em que esses contratos foram constituídos e isso significa dizer que é necessária a revisão desses contratos. Considero justo este pleito dos municípios e estados ", afirmou o presidente da OAB ao Brasil Econômico.
 
Hoje, o saldo devedor de estados e municípios é atualizado pelo índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), mais juros que vão de 6% a 9% ao ano. O critério, considerado ultrapassado com as mudanças na economia, pode elevar a dívida em mais de 20% ao ano.
 
"Entendemos que é preciso recalcular, retroativamente, a data das assinaturas dos contratos, e que a remuneração que devida à União seja limitada ao IPCA, e sem a cobrança de juros. Além disso, aplicar sobre os saldos devedores remanescentes o IPCA, também sem a cobrança de juros. E limitar a 6% o comprometimento da receita líquida real para o pagamento das prestações futuras", disse Marcus Vinícius.
 
"Penso que desta forma seria uma contribuição do país para que estados e municípios tivessem mais recursos para investir em saúde, educação e no próprio sistema de justiça", acrescentou ele, destacando que os estados são obrigados a pedir empréstimos ao Banco Mundial para pagar à União.
 
Além de representantes da advocacia, magistratura, Ministério Público, Legislativo e Executivo, estarão presentes ao ato na OAB integrantes de associações de servidores, organizações não-governamentais e diversos movimentos sociais. "A representatividade de todos é muito forte", avaliou Marcus Vinícius.
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